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Leandro tem o costume de mandar imprimir tecidos com estampas especialmente criadas para um desfile. Elas podem citar claramente outra imagem (como ocorre na foto, com a azulejaria colonial brasileira) ou criar coleções gráficas que desempenham papel importante na modulação e combinação visual do desfile, como aconteceu em História pra ninar gente grande (Mangueira, 2019) e ainda mais radical e profundamente em Mangangá (Império Serrano, 2022). Muitas vezes ocorre o fato de uma mesma estamparia aparecer em desfiles distintos, porém ressoando o mesmo campo semântico e simbólico. Como qualquer artista contemporâneo que se relacione com a pintura, Leandro tem seu repertório de “tintas”, e as estampas não deixam de ser as suas.

Daniela Name

Curadora e crítica de arte. Coordenadora da plataforma curatorial Caju, que mantém a revista de mesmo nome.