Skip to main content

A fantasia se baseia em uma estética cigana para acessar o repertório imagético da quiromancia, mencionando especificamente o Monte Sol/Apolo, uma das regiões mais importantes na leitura das mãos. O desenho inédito de Leandro Vieira para o carnaval Com a sorte virada pra lua segundo o testamento da Cigana Esmeralda, desfile da Imperatriz Leopoldinense em 2024, se manteve inédito até a abertura desta exposição.

Em Corpo popular, a presença de uma imagem de um carnaval que, no momento de nossa abertura, ainda não havia desfilado, se afina com o desejo de roçar o futuro criativo do artista e das parcerias que estabelece com os trabalhadores do barracão e os foliões na avenida.

Celebrando o que ainda está por vir, buscamos também conexões pregressas. Ao partir da obra do poeta Leandro Gomes de Barros para mergulhar mais uma vez no universo dos cordéis, o carnavalesco reafirma a cultura brasileira como a sorte na qual acredita e que persegue, ano a ano. Com a história sobre o suposto testamento deixado pela Cigana Esmeralda, ele volta a mostrar que, tanto na proposição de seus enredos quanto no desdobramento e nas bifurcações de seu repertório visual, o legado popular é sua grande fortuna.


Foto de Oscar Liberal e reprodução/Leandro Vieira (cabeçalho)
Curadoria

Os textos assinados pela curadoria são de Daniela Name e contaram com a parceria seminal de Thales Valoura na pesquisa.